Normalmente, a perda auditiva inicia-se de maneira lenta e progressiva, de modo que a pessoa não percebe facilmente que está com perda auditiva. Parentes, amigos ou colegas são geralmente os primeiros a notarem que há algo de errado.
Quando o assunto é saúde auditiva, é comum ouvir comentários como este: “fiz um exame há algum tempo, que acusou uma perda auditiva leve, mas, como não me atrapalha muito, não fui ainda em busca de tratamento”. Ou então comentários como: “Eu não tenho perda auditiva, só tenho dificuldade para entender as pessoas em algumas situações”.
Quando, afinal, é preciso usar aparelho auditivo?
De acordo com a fonoaudióloga Vanessa Gardini, “É comum as pessoas deixarem para procurar ajuda só quando o problema piora. Mas a própria negligência é uma maneira de agravar o quadro”.
Segundo a especialista, mesmo quando a perda auditiva aparentemente não incomoda, a indicação para a utilização do aparelho auditivo deve ser feita com base nos exames de diagnóstico e precocemente.
Como diagnosticar a perda auditiva?
“A audiometria clínica é o principal exame para descobrir o grau e o tipo de perda auditiva. Com estas informações em mãos, o fonoaudiólogo consegue entender o que está acontecendo de errado com a audição”, explica a especialista.
“Alguns tipos de perda auditiva são temporários, como durante infecções de ouvido. Desta forma, com o tratamento do problema, a perda costuma ser revertida, dispensando a necessidade de usar aparelhos. Contudo, quando a deficiência é irreversível, como as causadas pelo avanço da idade, exposição excessiva a ruídos elevados, genética, acidentes e infecções tratadas inadequadamente, aí, sim, é indicada a reabilitação com aparelhos auditivos”, afirma.
As deficiências auditivas podem ocorrer em todas as partes do ouvido; disfunções do ouvido externo ou médio geralmente podem ser tratadas com medicamentos ou cirurgia. No entanto, 80% de todas as deficiências auditivas são causadas por disfunções ou danos ao ouvido interno. Hoje, os aparelhos auditivos modernos podem reabilitar a maioria das perdas.
A especialista enfatiza ainda, que a falta de cuidados com a audição é o principal fator que leva à necessidade de utilizar aparelhos auditivos.